sábado, 18 de maio de 2013

M

Me acostumando outra vez com as presenças ausentes.

A primeira começou lá, quase vinte anos atrás. É de se admirar minha incapacidade de prever quando estão prestes a retornar. Deveria estar atenta, pensar um pouco em meio a alegria e deixar um pé no passado, pra me lembrar de estar preparada.

Não consigo, ainda. Me jogo de cabeça, vivo o conto de fadas, digo "foda-se" para o futuro e sou inteiramente feliz naqueles momentos. Então ele vem, o futuro chega e fode com a poesia, a fantasia. Só o silêncio e sorrisos perfeitos em fotos sem retorno.

Não é culpa de ninguém não, é bug do meu sistema, coisa da minha cabeça. Quem não está dentro dela não vê significado algum. Nada demais. Está tudo certo, tudo como antes! Não aconteceu nada!
Que tolice!

Só um dos piores momentos, em que pareço estar patinando em medos. Todos ao redor com suas trações nas quatro patas... Subindo, conseguindo, alcançando, indo. E eu não sabendo lidar com esses monstros que comem minha auto estima por dentro, em silêncio, invisível e vagarosamente.

Olhando de fora? Uma garotinha mimada, acomodada, apegada demais, dramática demais, sem ação. Por que ela não vai lá e faz? Porque tanto mimimi? Não tenho saco pra isso. Covarde.

Entediante, não é mesmo?
Também me afastaria em silêncio se pudesse. E até que estou aprendendo, não esperar nada de ninguém... Parece um bom caminho.

Mas olha só, aqui está a velha vítima dramatizando, presa a si mesma. Querendo um afago no cabelo e ainda assim se contradizendo. Contando sua historinha sem graça, fingindo aprender a ser forte e ainda assim esperando que alguém a conserte e apareça com as soluções do mundo.

Analisando tudo como em uma série policial, sherlockando sua "coitadisse" como se fosse resolver o episódio.

Não mudou em nada. Série suspensa. Autor em crise.

Caso encerrado.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

?

Sem saber qual das duas respostas é a nossa. Somos os que foram ou os que continuam?

Intuição diz a segunda.
Insegurança não descarta a primeira.

E o amor... Assim mesmo, está aqui.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Dose diária de drama

O que me dá raiva são as flores e os dias de Sol. São os palhaços. Os filmes. As séries. As comidas. Os livros. As fotos pela casa, pelo telefone, pela internet. A rua. Os ônibus. O colchão de ar. O perfume que sinto em alguém que passa. Os gostos, vontades e manias que lembro sem querer lembrar.

A briga que nem foi minha.
As palavras que me afogaram na onda secundária da explosão. Minha falta de ar. Minha falta de reação. Minha incapacidade de desfazer os caminhos doloridos, abertos sem querer em alguma parte que até então vivia segura. Meu medo de não saber mais o que é verdade.

Tenho raiva por amar.
Por não esquecer.
Por sentir o vazio crescendo.
Por querer ele aqui.
Por achar que isso nunca aconteceria.
Por ser patética, boba, infantil, ingênua, dependente.

Por querer abraçar meu amigo outra vez... Fechar os olhos... E ouvir o compasso ritmado no seu peito, enquanto ele cantarola aquela banda do sotaque engraçado.

Tenho raiva por passar por isso outra vez. Tenho raiva daquela cidade. Primeiro ela, agora ele.

A ilha acaba ao redor dos meus pés. Outra vez... Fechando as fronteiras.

Esperando que em alguma hora... Encontremos o caminho de volta.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Lost

Pathetic and alone. And I dont know what I did. Yes, it's for you, guys.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Chegou

Uma das poucas vezes em que não sei ao certo o que dizer. Assim mesmo, dói.

Não sei quem abraçar primeiro quando o ultimo suspiro de paciência derrubar o castelo das velhas cartas.

Já sinto os efeitos colaterais...
O momento que eu tanto temia...
Chegou.

terça-feira, 26 de março de 2013

Das velhas bobiças

Olha só! achei esse blog esquecido entre a poeira das coisas.

Agora posso corrigir os erros de português que achei lendo os posts antigos... Que burrinha, não tinha Google?

Muitas histórias aqui...

Um diário sem borracha (e sem corretor ortográfico pelo visto).

Vou ali rir da minha ignorância e já volto.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

nada com absolutamente nada...

Tava relendo o que já escrevi aqui e me deu vontade de escrever o que me der na telha agora, nesse exato momento.

Janela.

Janela é uma porta quadrada no qual é mais difícil você passar com frequência. Se for um contorcionista magro, passa que é uma beleza, mas se for alguém mais pro lado sedentário (como eu.. não, nada de comer eu..deixa) aí comprica. Dizem que os olhos são a janela da alma. Pois eu acho que os olhos são a boca muda da alma. Dali saem mensagens ditas sem voz, e não imagens, que é o que se vê ao olhar por uma janela.

Eu gosto da janela de acordo com o meu humor. Se estou jururu ou chata pra caralho (tpm) janela fechada e luz acesa pro meu mundinho ficar ainda menor e eu ter menos coisas pra me irritar. Se estou alegre e sorridente, janela aberta pra eu lembrar que existe vida lá fora, que a vida é bela e que se é dia, eu não preciso gastar luz. Quando eu to chata quero mesmo é gastar luz.

Secador de cabelo.

O meu já parece extensão do cabelo. Se não seco com ele parece que vou pegar uma pneumonia. Até meu consciente automático é dramático.

Pés.

Os meus vieram de outro planeta, talvez um de gelo. Assustadoramente gelados. Não aquele gelado que encomoda, mas aquele gelado que dói. Minha alegria é uma garrafa peti com água quente, na hora de dormir. Pros pés.

Marimbondo.

Tenho medo. Sempre acho que vão entrar no meu ouvido e atacar meu cérebro, como vi num filme uma vez na Sessão da tarde. Abelha também me estremece. O mel é bom, elas, pessoalmente, não.

Formigas.

Aquelas vermelhas, bem pequenas e desgraçadas, me atacaram na minha creche em Estância Velha, quando eu tinha uns 4 anos. Eu me lembro. Fui pegar uma pecinha de Lego amarela, em cima dum montinho. Eu tava com uma sandália com tirinhas coloridas. Botei meu minúsculo pezinho no montinho. O montinho era um formigueiro. A tia da creche gastou quase o litro todo de álcool no meu pé, que mais parecia uma bolinha. Fiquei com as marcas por um bom tempo, tadinha.

Penico.

Palavra engraçada, o som do ico no final me desperta uma graça... É um recipiente que adoramos quando somos crianças e abominamos quando ficamos velhos. Peniquinho bonitinho de ursinho pro cocozinho do bebezinho. Penico de plástico amarelado pelos resíduos ali depositados, alvo de repulsa por quem tem que esvaziá-lo, tanto na infância quando na volta à infância (quando ja não atinamos mais nada). É uma merda esvaziá-lo.

Espelho.

Tenho a impressão de que é um objeto que mostra o que a gente não quer ver. A gente se vê no espelho pra ver se tem alguma coisa "errada". Ninguém (que eu conheça) vai se olhar no espelho pra ver se está mais bonito que há 2 minutos, mas sim pra ver se tudo está "de acordo" com a última olhada no espelho. Feijão no dente, cabelo arrepiado, essas coisas. Não vou me olhar no espelho daqui a vinte segundos pra ver se virei a Jéssica Alba. Se eu virasse ia levar um susto tão grande que precisaria de um penico. Minhas nádegas ja não cabem no de ursinho, então seria o amarelado mesmo. Gostaria de esvaziar?

Gaita de boca.

Também conhecida como harmônica. Som legal pra quem sabe o que tá fazendo. Como qualquer outro instrumento, o som que sai quando alguém ainda está tentando "quem sabe aprender um dia", é irritante, dá vontade de pular a janela com penico e tudo pra cair com os pés num formigueiro. Mas quando é bem tocada, é uma beleza! um dia chego aos pés do Humberto Gessinger... Será que eles são tão gelados quanto os meus?
Mas o estranho é ter que tirar ar dos outros 2 pulmões que vem de brinde com a gaita. Porque quem toca tem que ter 4 pulmoes, só pode. E aquelas caidinhas que tem que fazer com a língua pra sair o som em cada buraquinho...

Estranho esse papo de língua e buraquinho.. deixa..

Porta-retrato.

Agora se chama rede social e não pega pó, mas o antigo é legal. Tem que cuidar pra foto não ficar muito úmida, se não gruda no vidro e quando a gente vai tirar fica metade da foto grudada e umas falhas brancas onde havia imagem. Péssimo. Mural de fotos com imã não pode ficar perto da cozinha. É só fritar um bife e já era. Todas grudando mais que Trident velho.

Ponto de interrogação. (to ouvindo a música quebra-cabeça do Engw e ele falou isso agora)

Faz a diferença numa frase.
Faz a diferença numa frase?
Talvez? talvez.
Legal é ler ele de cabeça pra baixo Deu? deu. Dei? não. (am, não caio nessa)
Sério? sério.
Tu me ama? tu me ama.
Será? Com certeza.

Água.

Bah, não vou falar globalmente, mas sim pessoalmente. Nada melhor que beber água quando se está morrendo de sede. Talvez só se iguale à sensação de alívio de comer com fome e de encher o penico quando se tem que encher o penico. Acordar de manhã pra tomar banho antes de trabalhar e descobrir que não tem água, não é legal. E se tu tiver um cabelo que não acorda muito lá essas coisas, ainda mais sem um secador de cabelo, é uma merda. Fora do penico. Nã, água tem que ter. Bah, escovar os dentes, lavar a mão. Água é foda. Quando acabar vai ser um inferno.

Inferno.

Local sem água. O capeta trabalha na Casan, é ele quem fecha o registro.
É de lá que vem as coisas do qual não gostamos. Preencha sua própria lista. Na minha tem isso (entre outras coisas):

Calypso
pagode ruim
pagode bom
pagode
funk carioca
programa de tv com baixaria
pereba
piolho
pessoas irritantes
pessoas arrogantes
pessoas indiferentes
pessoas (na minha tpm)
abelhas
marimbondos
penicos
acordar cedo
....

As outras coisas "ficam pra próxima".
Expressão que significa "nunca mais" em outras palavras.

Comecei a escrever isso na faculdade quando a minha cabeça deu um estalo. Espero que o estalo não tenha sido o meu pescoço quebrando, aí eu morri e estou no inferno, com sede, escrevendo sobre coisas bizarras. Não. Já estou na casa do namorido, então não morri. O galo do vizinho ainda ta cantando... Tudo bem que nos meus rompantes de raiva eu sempre falo "galo do inferno!!!!" mas tenho certeza de que se ele estivesse lá o capeta já tinha fritado e aberto um Chicken'in(ferno).

Deixando claro mais uma vez que eu não uso drogas.
Produzo bobagem suficiente sem o uso da mesma. Vou repetir a piada que fiz pra mim mesma no twitter hoje (como a maioria das coisas no twitter, que escrevemos pra nós mesmos espereando que alguém leia).

A mesma, que é a mulher do mesmo, aquele que nunca está no elevador. Só entre quando o mesmo estiver no seu andar. Não sei qual o andar em que o mesmo mora, mas nunca encontrei ele. Nem a mesma e os mesminhos.

E se alguma coisa que tu leu aqui nao te agradou.. pois agora!
faz de conta que eu não dou bola..

Um dia vou ser que nem o integrante gordinho do trio Aspamen. Ele fala mal do Pouca Vogal pra me irritar, tenho vontade de avançar naquela cara gordinha e barbuda. Eu tento retrucar falando mal de alguma coisa que ele goste, mas ele nao dá bola. Quando crescer quero ser que nem ele. Só um pouco mais magra. (retrucar, continuo tentando).

Vou fazer outras coias aqui na internet. Coisa de pobre que fica sem internet por um tempo e quando volta a usar acha que tem muita coisa pra fazer. Tipo dar F5 no Twitter ou escrever textos sem sentido num blog há tempos abandonado.

O melhor esconderijo, a maior escuridão, já não servem de abrigo, já não dão proteção..

Fui que o sono tá batendo. Deixo ele entrar? hummmm... isso ficou estranho..

Espalha por aí...