quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

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Um dia torto a mais
Sem vontade ou intenção
As horas vão passando
Mas o meu tédio não

O vento lá fora é livre
Brinca de dançar com as árvores
Balança as folhas e galhos
Num ritmo imaginário

Escravos de fim de mês
Trabalho nesse meu tédio
Porquê preciso de grana
é pouca mas é o que se tem

Até fevereiro estou presa
Em algumas tristes prestações
Depois posso pensar, em talvez
um outro lugar, onde não perca
o meu tempo em vão

Não to rimando, mas não faz mal
Escrever sem rima é legal
Menos uma coisa a mais
Se é que você me entende

Quero fazer tantas coisas
Músicas, palavras, imagens
Ganhar dinheiro com isso
Até que deve ser bom

Quando eu me livrar das correntes
que me prendem as velhos carnês
Quem sabe eu tenha mais sorte
Do que tive da última vez

Um emprego que seja legal
Não apenas na aparência
Algo que me divirta e
Valorize minha inteligência

Até que eu não sou tansa
Mas quando se faz um coisa chata
a obrigação tira o brilho de tudo
e o tédio domina a parada

Dizer que algo é bem feito
Traz na sequência um sorriso
Quando isso não acontece
tu se sente uma merda sem uso preciso

bah, avacalhei de vez na última frase

revoltaaaada!

Bah, mas credo. Ligaram o pagode aqui perto, dá licença que vo ali pular da ponte da barranca.
¬¬

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